sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Gestão do Conhecimento nas Organizações

Conhecimento é o fato ou condição do saber, obtido através da vivência, da experiência ou da associação, que pode ser gerado na mente ou tem potencial para ser armazenado em uma organização, nos seus processos, produtos, serviços, sistemas e documentos. Sendo que, há o conhecimento tácito que é o conhecimento pessoal incorporado à experiência individual e envolve bens intangíveis, não mensuráveis. E o conhecimento explícito que pode ser articulado na linguagem formal, segundo Nonaka e Takeuchi (1997) os dois conhecimentos não são separáveis eles se completam.
Nas organizações há a necessidade de gerenciar todo o conhecimento que é gerado e para isso a Gestão do Conhecimento (GC) é impressindível. Toda o conhecimento existente na organização, na cabeça das pessoas, nas veias dos processos e no coração das áreas pertence, também à organização. Em contrapartida todo os colaboradores podem usufruir de todo o conhecimento presente na mesma. (LUCHESI)
A GC é o processo sistemático de identificação, criação e aplicação dos conhecimentos que são estratégicos na vida de uma organização. O desafio é influenciar o comportamento do colaborador.
A GC deve ser multidisciplinar abrangendo, principalmente, as áreas de:
·         Ciência Organizacional;
·         Ciência Congnitiva;
·         Sociologia;
·         Antropologia;
·         Ciência da Comunicação.
 A GC se faz necessária para aprimorar a capacidade de inovação, tomada de descisão e incrementar a efetividade dos processos.
Para Nonaka e Takeuchi (1997) o conhecimento é criado por meio da interação entre conhecimento tácito e explícito e eles propuseram quatro maneiras para a conversão do conhecimento:, são elas
Socialização - é um processo de compartilhamento de experiências partindo do conhecimento tácito embasado em outros conhecimentos tácitos. Sem alguma forma de experiência compartilhada, é extremamente difícil para uma pessoa projetar-se no processo de raciocínio de outro indivíduo.
Externalização - é um processo de conversão do conhecimento tácito em conceitos explícitos, através de diálogo ou da reflexão coletiva. A externalização é a chave para a criação do conhecimento, pois cria conceitos novos e explícitos a partir do conhecimento tácito.
Combinação - é um processo de sistematização dos conceitos, que envolve a combinação de conjuntos diferentes de conhecimento explícito, em um sistema de conhecimento. As pessoas trocam e compartilham conhecimentos através de documentos, reuniões, e-mails, etc. e reconfiguram o conhecimento existente por meio do acréscimo, classificação, combinação e categorização do conhecimento explícito, o que pode levar a criação de novos conhecimentos.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Como gerenciar o conhecimento

Os gregos e os latinos diferenciavam o trabalho criativo (dos artistas e elites) do trabalho braçal ou penoso (dos escravos). (wikipedia). O trabalho braçal, que em grego é Ponosi e em latim Labor, é feito pela força física e o esforço libera adrenalina, ou seja, sofrimento. Para se ter uma ideia o corpo libera a substância adrenalina quando, por exemplo, temos que correr de um cão feroz. O trabalho criador, que em grego é Ergoni e em latim Opus, gera ideias e libera endorfina, ou seja, prazer. Nessa composição, Takeuchi inventou o termo BA, que significa um ambiente colaborativo em relação a ideias. Ou seja, Ergoni que libera endorfina mais BA  mais colaboração, gera mais troca de ideias e oportuniza a criação de talentos. Para isso nada melhor que um espaço virtual para a colaboração. E isso é rede de colaboração, comunidades de práticas.
Quem constrói conhecimento são as pessoas, o conhecimento tácito vem com a forma própria de fazer, o explícito vem dos bancos escolares. No século XX acreditavam-se que o conhecimento era individual, porém sabe-se que o conhecimento compartilhado é o mais complexo. 
Para gerenciar todo o conhecimento há alguns passos importantes, são eles:
  • Compartilhar conhecimento;
  • Criar conhecimento;
  • Provar conceitos ;
  • Elaborar modelos mentais;
  • Disseminar interativamente o conhecimento.
Se há compartilhamento de ideias há criação de novas ideias, novos conceitos, novos modelos mentais e interatividade.
Steven Johnson disse, em um vídeo do TED (De onde vem as boas ideias), que para ele mais importante que a proteção da propriedade intelectual é a valorização da conexão das ideias. E ainda coloca que, a sorte favorece mentes conectadas.
Em resumo: compartilhar conhecimento é a chave da gestão do conhecimento organizacional.

Gestão do Conhecimento

Conhecimento é o fato ou condição do saber, obtido através da vivência, da experiência ou da associação, que pode ser gerado na mente ou tem potencial para ser armazenado em uma organização, nos seus processos, produtos, serviços, sistemas e documentos. Sendo que, há o conhecimento tácito que é o conhecimento pessoal incorporado à experiência individual e envolve bens intangíveis, não mensuráveis. E o conhecimento explícito que pode ser articulado na linguagem formal, segundo Nonaka e Takeuchi (1997) os dois conhecimentos não são separáveis eles se completam.
Nas organizações há a necessidade de gerenciar todo o conhecimento que é gerado e para isso a Gestão do Conhecimento (GC) é impressindível. Toda o conhecimento existente na organização, na cabeça das pessoas, nas veias dos processos e no coração das áreas pertence, também à organização. Em contrapartida todo os colaboradores podem usufruir de todo o conhecimento presente na mesma. (LUCHESI)
A GC é o processo sistemático de identificação, criação e aplicação dos conhecimentos que são estratégicos na vida de uma organização. O desafio é influenciar o comportamento do colaborador.
A GC deve ser multidisciplinar abrangendo, principalmente, as áreas de:
  • Ciência Organizacional;
  • Ciência Congnitiva;
  • Sociologia;
  • Antropologia;
  • Ciência da Comunicação.
 A GC se faz necessária para aprimorar a capacidade de inovação, tomada de descisão e incrementar a efetividade dos processos.
Para Nonaka e Takeuchi (1997) o conhecimento é criado por meio da interação entre conhecimento tácito e explícito e eles propuseram quatro maneiras para a conversão do conhecimento:, são elas
Socialização - é um processo de compartilhamento de experiências partindo do conhecimento tácito embasado em outros conhecimentos tácitos. Sem alguma forma de experiência compartilhada, é extremamente difícil para uma pessoa projetar-se no processo de raciocínio de outro indivíduo. (NONAKA; TAKEUCHI, 1997).
Externalização - é um processo de conversão do conhecimento tácito em conceitos explícitos, através de diálogo ou da reflexão coletiva. A externalização é a chave para a criação do conhecimento, pois cria conceitos novos e explícitos a partir do conhecimento tácito. (NONAKA; TAKEUCHI, 1997).
Combinação - é um processo de sistematização dos conceitos, que envolve a combinação de conjuntos diferentes de conhecimento explícito, em um sistema de conhecimento. As pessoas trocam e comparilham conhecimentos através de documentos, reuniões, e-mails, etc. e reconfiguram o conhecimento existente por meio do acréscimo, classificação, combinação e categorização do conhecimento explícito, o que pode levar a criação de novos conhecimentos. (NONAKA; TAKEUCHI, 1997).

Internalização - é o processo de incorporação do conhecimento explícito ao conhecimento tácito. Quando são internalizadas nas bases do conhecimento tácito dos indivíduos sob a forma de modelos mentais ou know-how técnico compartilhado, as experiências através da socialização, externalização e combinação tornam-se ativos valiosos, influenciam a forma de agir, pensar e de ver o mundo das pessoas. No entanto, para viabilizar a criação do conhecimento organizacional, o conhecimento tácito acumulado precisa ser socializado com os outros membros da organização, iniciando assim uma nova espiral de criação do conhecimento. (NONAKA; TAKEUCHI, 1997).

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Importância do Conhecimento na Evolução das Organizações

A forma como as organizações atuam está mudando com os novos modelos de negócio e algumas  delas estão com dificuldade de acompanhar essa mudança de gestão. Têm-se muitos exemplos de como eram e de como estão agora.
Um dos grandes exemplos é o da Indústria da Informática, quem de nós se lembra dos computadores pessoais 286, 386, 486, pentim ... Ou da telefonia móvel, que há cerca de 20 anos atrás, quem pensaria em telefonar de forma diferente de um telefone fixo, hoje quase nem precisamos deles. Nem se fala em smartphones a evolução é muito mais rápida. E as empresas de telefonia estão com receio e estão se reestruturando porque até a mensagem de texto, os SMSs, já não são tão utilizados e estão sendo substituídos por aplicativos de mensagem como o Whatsapp, Messenger do Facebook, o FireChat e, até pelo antigo ICQ, que está voltando.
Quanto a indústria do cinema e da música, essas sofreram grandes transformações, pensando na música que passou dos Discos de Vinil, das Fitas Cassete, do CD, do MP3 e agora o streaming.
Isso leva com que as empresas estejam obrigadas a dar uma resposta rápida a estas mudanças, caso contrário, desaparecerão. Quem, atualmente, compra aparelho de VHS ou aparelho de toca fitas? Não há como prever o que ocorrerá daqui há 10 anos?
A resposta pode estar em ter o foco no gerenciamento do conhecimento compartilhando informações  e instrumentalizando os funcionários para que eles possam se adaptar as mudanças e executar suas atividades de forma mais produtiva, tendo uma visão mais ampla e inovadora sobre a sua atividade.

Para Jay Cross, autor do livro Informal Learning ("Aprendizagem Informal"), a melhor maneira de aprender é a conversa humana e salienta a criação e incentivo ao uso de comunidades em rede, para que essa aprendizagem ocorra mais facilmente. Ele coloca que há 20 anos 80% do valor de uma empresa estava em bens tangíveis, atualmente os 80% está no capital intelectual dos funcionários. e somente 20% nos bens tangíveis. Ele diz ainda, que na Era da Informação temos que resolver problemas que nem sequer pensávamos que existiam e que há a necessidade de treinamento sem que saiam do trabalho, não havendo diferença entre gestão de conhecimento e trabalho. Isto é, “não há separação entre gestão do conhecimento e trabalho. O próprio trabalho é o aprendizado. Acontece que 90% dos gestores ainda não mudaram seu comportamento nem perceberam que com as redes sociais não existem mais barreiras”.

Gerenciamento do tempo

Todos temos 24 horas. Mas, por que será que estamos sempre achando que temos pouco tempo para fazer tudo o que queremos em um dia. Podemos ter algumas atitudes que irão auxiliar no gerenciamento do tempo. O Jornal do Empreendedor lista algumas maneira de se organizar com relação ao tempo.
Uma delas é fazer e utilizar listas é importante agendar e planejar as atividades para o dia, priorizando algumas atividades. Listar pessoas que iremos contatar e com quem devemos nos reunir. Outra seria a de diminuir o número de reuniões, porque nada é feito durante as reuniões e muitas vezes as decisões são agendas para discussão em uma nova reunião.
Bloquear o tempo no calendário impedindo que as demandas de outras pessoas alterem a nossa rotina. E, podemos ganhar tempo acessando conteúdos por mídias online nos dispositivos móveis quando do deslocamento da casa ao trabalho e vice versa.
 Devemos, também, evitar as distrações durante as atividades, elas tomam muito tempo e nem notamos. Muitas das vezes um colega vem até nós e fala algo no meio de uma produção, pronto isso basta para que o raciocínio seja interrompido e , poderemos levar mais tempo para retomá-lo. 
 E não menos importante, descanse para desocupar a mente e deixá-la descansar para que possa produzir no dia seguinte.

Fazendo isso, poderemos nos surpreender com o que fazemos nas 24 horas do dia.

Sustentabilidade

O termo "sustentável" provém do latim sustentare (sustentar; defender; favorecer, apoiar; conservar, cuidar).(Wikipedia). Esse termo tem sido muito usado devido a uma série de eventos que estão ocorrendo. O Brasil está mergulhado em uma crise que há muito não existia, sim, o país já passou por crises e se ergueu. Mas, o que isso tem a ver com o Portal Conecta? Tem a ver com os recursos que usamos mais otimizados, menos documentos para imprimir, menos e-mails para armazenar, mais colaboração virtual, interações em reuniões virtuais diminuindo, assim o tempo e o custo com deslocamento, enfim mais otimização dos recursos.  

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Inovação

O que é inovar? Quais as prerrogativas para inovar? Como inovar em tempos de crise?

Acredite inovação não é algo inalcançável ou somente para mentes brilhantes. Inovar em algum processo pode ser na maneira de fazê-lo diferente do que todos fazem e essa maneira der um resultado melhor. Em outras palavras não é fazer um novo processo, mas sim, melhorar o processo que está dando certo. Ou até mesmo, encontrar novas maneiras de fazer algo que já é feito há muito tempo e sempre da mesma maneira. E fazer isso tudo, com foco na sustentabilidade da organização.

Para Jairo Siqueira, do Blog Criatividade Aplicada, nem sempre a inovação é o resultado da criação de algo totalmente novo mas, com muita frequência, é o resultado da combinação original de coisas já existentes. Ele dá alguns exemplos de inovação tais como: a invenção do radar que combinou tecnologias já conhecidas como as ondas de rádio, amplificadores e osciloscópios, ou o uso da internet pelos bancos possibilitando aos clientes acesso a serviços, ou ainda a telefonia móvel para monitoramento de doenças cardíacas.
Muitas coisas que vemos como comum nos dias atuais foram inovações antigamente, lembra do telefone ligado ao carro?

Ao navegar pelo Portal é possível conhecer muitas inovações, uma delas é o uso de Rede Corporativa para interagir dentro da Organização, outra é o uso de comunidades virtuais para a colaboração entre as pessoas que possuem interesses em comum.

terça-feira, 21 de julho de 2015

O poder do compartilhamento

Há muito se tem falado sobre compartilhamentos nas redes e o poder deles. Um exemplo disso, é o da Copa América que gerou 118 milhões de interações e compartilhamentos na Rede Social Facebook, entre os dias 9 e 20 de junho de 2015. Isso identificou, entre outros assuntos, qual jogador é o favorito, naturalmente que nem precisa de análise da rede pra dizer que o Neymar é o favorito do Brasil e o James Rodríguez é o da Colômbia. Mas, o compartilhamento e cruzamento dos dados identificou como Lionel Messi o jogador mais popular entre 13 dos 20 países. (Revista Exame). Segundo Weplan, que é um aplicativo que monitora o consumo de dados em telefonia móvel, os brasileiros consumiram cerca de 40% mais dados em comparação a meses comuns.

A importância disso são as informações coletadas e em saber o que as pessoas pensam, falam e compartilham sobre uma determinada situação que está ocorrendo, sobre um produto, serviço, ou ainda, sobre uma determinada empresa, instituição, organização. Essas interações e compartilhamentos podem gerar uma melhora de um produto ou serviço com o auxílio indireto de usuários de redes sociais.
No caso da Rede de Colaboração do Portal, a importância se dá na construção de um conhecimento coletivo devido à interação que ocorre entre os membros das comunidades. Por exemplo, um membro da Rede publica na comunidade ou no seu perfil que está passando, em uma determinada casa de exibição, filmes com acessibilidade à pessoa com deficiência e compartilha o local e a lista de filmes, outra pessoa poderá compartilhar e ainda listar novos títulos que serão disponibilizados.  Ou ainda, um arquivo de uma comunidade pública poderá ser compartilhado ou indicado para uma determinada pessoa que poderá contribuir com informações que, talvez, o melhore.

Use seu poder interaja e compartilhe suas ideias.

Comunicar, interagir e conectar

Muito se fala que a comunicação é a alma de uma organização, pois através dela que se criam as relações necessárias para o entendimento e interação entre os diversos profissionais que fazem parte da hierarquia e do quadro funcional da organização. E para que isso ocorra, a tecnologia 2.0 auxilia na interação e conectividade, porém não será a tecnologia pela tecnologia que irá tornar uma organização 1.0 em 2.0. A mudança necessita ser gradual e constante.

Para Alejandro Formanchuk, em seu livro Comunicação Interna 2.0 (2011), descreve que as pessoas necessitam  abrir seus próprios caminhos de comunicação e as organizações necessitam proporcionar isso. E, isso requer que a organização compreenda as diferentes experiências e conhecimentos particulares,evitando reduzi-los e homogeneizá-los em um único modelo

Compartilhamento não acontece por acaso

Compartilhamento não acontece por decreto!
José Cláudio Cyrineu Terra, em seu livro Portais Corporativos, afirma que para o sucesso da implantação de um Portal o fator humano é determinante.
Os aplicativos que irão auxiliar o trabalho de cada um devem estar acessíveis para que sejam facilmente visualizados, e em alguns dos portais é possível customizar a página inicial
 colocando as ferramentas de trabalho mais utilizadas pelo usuário.  Basta selecionar o serviço ou ferramenta de trabalho e clicar no sinal de mais.

Mas o post é sobre compartilhamento...

Para o autor é necessário que se construa uma "cultura de colaboração", e para tal o exemplo deve vir da alta administração, onde o compartilhamento de informações seja uma regra.
Na ida à IBM, em março de 2014, foi repassado que a rede de compartilhamento não era muito utilizada até que o diretor da Empresa começou a postar algumas informações na sua página pessoal e no blog, isso alavancou as interações e, nesse caso, o fator fundamental foi a confiança entre os funcionários e dos mesmos com a administração.
Há a necessidade que se veja a importância do compartilhamento de informações, aí será um hábito.

terça-feira, 23 de junho de 2015

Benefícios das Redes Sociais Corporativas

Um dos benefícios da implantação de redes corporativas é o aumento da produtividade, por proporcionar uma conectividade e integração entre os profissionais. Outro benefício é o de oportunizar a inovação permitindo que muitas pessoas possam dar ideias, que poderão gerar inovação. Aquele profissional, que mesmo distante da sede da empresa, pode se manifestar e ser "visto", isso é importante para que novas ideias sejam publicadas e avaliadas como fonte de estudos para inovar.

Ainda sobre benefícios do uso de rede corporativa, pode-se destacar o uso da mesma como meio de comunicação entre os colegas, isso gera o compartilhamento de conhecimento que são de interesse para organização e, ainda propicia a melhoria no clima organizacional com auxílio de tecnologia.

Ao publicar algo na rede corporativa há que se ter o cuidado com a própria imagem profissional e praticar o auto monitoramento, sendo positivo e usando-a com cuidado e precaução. 

Gerações Baby Boomers, X, Y, Z, Millennials e ...

Muito se fala em gerações X, Y Baby Boomers. Essas gerações são identificadas pelas décadas e por sua maneira de agir.

Começando pela geração que viu a TV nascer, a Geração Baby Boomers que são os que nasceram entre 1950 e 1960 (algumas fontes colocam 1940 a 1950). O termo, "Baby Boomers", remete à época da explosão demográfica, ocorrida após a Segunda Grande Guerra. Essa explosão ocorreu com maior intensidade na Austrália, Canadá e Estados Unidos. Nessa época ocorreu também, uma transformação cultural com a TV moldando as atitudes dos jovens. Foi nessa década que o movimento hippie teve seu auge, assim como os movimentos civis se intensificaram.

A geração seguinte, entre os anos 1960 e 1970, foi a Geração X,  teve o início da internet. Essa ficou marcada pela diminuição de número de filhos por família, e aumento do divórcio. Os jovens tinham outras preocupações que a geração anterior e, ainda havia a descrença nas instituições e uma preocupação com a ecologia e sustentabilidade do Planeta Terra.

A Geração Y, nascidos entre 1980 e 1990, esses jovens possuíam características especiais, pois nasceram junto com as tecnologias digitais.  As dúvidas para suas questões já não eram mais retiradas com os mais velhos, mas sim, de forma virtual, ou seja, por pesquisa na internet. Isso gerou independência e autonomia, ficando eles mais questionadores, porém com um ônus da possível perda das habilidades sociais. Isso também os tornou especialistas na realização de multitarefas, efêmeros, imediatistas, bem informados, mesmo que isso fosse um conhecimento superficial. (Fonte: Olhar Digital).

A Geração Z é conhecida como Nativos Digitais, e compreende entre 2000 e 2010. Essa geração surgiu junto com a World Wide Web (www). A sua característica é a de "zapear" entre canais de TV, internet, vídeo game, telefone, mp3, mp4, smartphone. Ou seja, estão extremamente conectados à rede.
E a próxima, qual será?


Já existem pesquisas que os nascidos a partir de 2010 são da Geração Alfa. Ainda não há pesquisas sobre as suas características, a não ser que nasceram em um mundo conectado em rede.

Os Millennials, pessoas nascidas após 1982, são considerados os nativos digitais e estão provocando uma revolução na forma de pensar e na forma de se relacionar com o mercado de trabalho. Porém, em um artigo publicado em 2013 pela Revista TIME, eles são vistos com a geração: EU, EU, EU. Ou seja, “querem tudo para ontem” e se focam apenas em obter o que eles desejam sem muito esforço. Já, a pesquisa mundial da Deloitte apontou justamente o contrário, pois evidenciou um jovem engajado nas causas sociais tendo um equilíbrio entre o trabalho e a qualidade de vida. Segundo a pesquisa, 75% dos entrevistados dizem que as organizações estão focadas demais em suas agendas e lucros deixando de lado as pessoas. Ainda 28% deles acreditam que, as organizações aos quais trabalham, não usufruem plenamente das suas competências. E, por fim, 22% dos Millennials, de mercados emergentes, se sentem aptos a empreender em um negócio próprio.
Na pesquisa feita no Brasil, pela Empresa SocialBase, demonstra que 74% dos Millennials acreditam que as organizações devem investir tanto na melhoria do social quanto no desenvolvimento dos seus colaboradores. E, nessa pesquisa, o que chama a atenção é que esses profissionais, por não terem o reconhecimento das organizações, buscam novas oportunidades de trabalho e apenas 50% deles almejam cargos de liderança.

Trabalho em Rede

O trabalho em rede proporciona a inovação, porque quando as pessoas trabalham de forma colaborativa se conectam com mais pessoas e assim podem surgir ideias inovadoras. Esse modelo em rede tem mais sentido para a Geração Y, porque essa nem sempre se enquadra em ambientes hierarquizados tradicionalmente e por isso não se importa se vai questionar esse ou aquele colaborador, mesmo que esse colaborador seja um gestor ou diretor geral.
Novamente, isso é uma mudança de cultura, mudança de como a sociedade vê o trabalho, de como os colegas se relacionam e de como a organização deseja ser vista. Esses jovens possuem velocidade, mobilidade e instantaneidade, o que para trabalho em rede é essencial, uma vez que as redes oportunizam as capacidades de interação. Além disso, essa geração não se contenta com pouco e não se resigna ao: sempre foi assim, por isso vai continuar assim. Por outro lado, todos nós não deveríamos nos contentar com essa inércia, pois continuando como está não há aprendizado e muito menos inovação. E ainda, muitas das pessoas que inovaram não foram da Geração Y, mas com certeza não aceitaram as coisas como eram. Um exemplo clássico foi Steve Jobs, que se estivesse vivo teria 60 anos (24/02/1955 - 05/10/2011), ele nunca se contentou com o que fazia e sempre queria mais e mais inovar. Portanto, trabalhar em rede é uma das habilidades mais importantes em uma organização, pois gera conhecimento coletivo, inovação e senso de pertencimento.

Governança de Portal

Pode-se dizer que, Governança é o conjunto de políticas, procedimentos, guias e regras, previamente validadas, que regulam a maneira de como um programa deve ser gerido. No caso do Portal, de como este deve ser utilizado e o sucesso do mesmo depende, em grande parte, dessa Governança. Para que isso ocorra, a Governança deve ter um alinhamento organizacional, transparência na sua gestão, diminuição da complexidade, ser clara e bem definida.

Para Paulo Floriano (Terra Fórum) a governança de implementação de um portal é muito mais pautada no controle das atividades para garantir a qualidade das informações geradas do que em um portal mais maduro que o foco é gerenciar o volume de informações e na integração de iniciativas. O gerenciamento de um portal não é uma atividade fácil devido à responsabilidade de lidar com expectativas e anseios de pessoas com características, em muitas vezes, muito distintos.

Portanto, há a necessidade de que todos se envolvam, e como disse Thiago Macedo: 
não há solução que seja só ligar na tomada.

As Pessoas Gostam de Colaborar

As pessoas gostam de colaborar. Sim, há inúmeros exemplos que as pessoas quando colaboram se sentem bem e gratificadas. Auxiliar e ser reconhecido por isso. E isso oportuniza a criatividade, pois ela se agrega nas interações e na experiência de pensar além. Não há apenas o consumo da informação, mas produção e colaboração na construção de uma nova informação. Um exemplo comercial de que isso é um caminho sem volta é o da Empresa Camiseteria que produz camisetas com estampas enviadas por internautas. Quem envia tem seu nome divulgado no site da Empresa, o que para muitos é uma nova fonte de visibilidade.
Há um ditado que diz "Duas cabeças pensam melhor do que uma", e se aumentar o "número de cabeças", melhor ainda. Isso resume muito bem a colaboração com o uso da tecnologia.
Outro exemplo, poderia ser a enciclopédia online Wikpédia que é a prova de que as pessoas gostam de colaborar e não apenas receber informações. Os artigos dispostos nela possuem o conhecimento de usuários que auxiliam na escrita dos mesmos, aumentando o nível das informações ali dispostos.
Para finalizar tem-se o exemplo da Empresa Lego que tem um site para que seus clientes desenvolvam seus próprios modelos.
Na Rede de Colaboração do Portal Conecta há muitas maneiras de colaborar, seja através de comunidades, nos fóruns, ou em uma wiki. Escolha a que melhor lhe convém.

Informação, Conhecimento e Interações Sociais

O conhecimento pode ser dividido em conhecimento tácito (ou implícito) e conhecimento explícito. O primeiro é individual, pessoal de difícil transmissão. Este está profundamente enraizado nas experiências de cada indivíduo, estando também, nos valores e emoções. No caso do conhecimento explícito, ele pode ser repassado e de fácil transmissão como no caso de tutoriais, manuais e instruções.
Para Pamela Bernabei (psicóloga), existe um terceiro conhecimento, o conhecimento incorporado. É o conhecimento que está oculto no indivíduo e pode ser usado sem a necessidade de incorporá-lo.
No caso de uma organização o conhecimento, e principalmente a gestão do mesmo, é a chave para a competitividade. Porém, como o conhecimento cresce  vertiginosamente, há a necessidade de uma organização e centralização desse conhecimento, e para isso a implantação de um portal corporativo é uma ótima alternativa.
É bem verdade que as interações sociais estão passando por transformações, uma vez que essa interação se dá por meios diversos. Seja ao “vivo” ou virtual, sendo local ou distante, seja com a pessoa face a face ou pelos comunicadores via computador, onde essas interações podem se dar com as pessoas lado a lado nos seus computadores pessoais. Ou ainda, muito distante, de outro continente.
As mensagens via Facebook e Whatsapp facilitam essas interações sociais virtuais, e as empresas já viram nisso um viés corporativo e estão, aos poucos, agregando em suas práticas. A isso se chama de Social Business. Veja um exemplo: uma empresa deseja desenvolver um produto e essa permite que muitas pessoas auxiliem no desenvolvimento do mesmo, isso poderá acelerar o desenvolvimento e o consequente lançamento no mercado de um produto com muito valor agregado, ou seja, muitas informações compartilhadas e de um novo conhecimento embutido. Nesse caso, é importante um local para que seja propiciada a discussão entre os especialistas e esse local pode ser uma comunidade virtual e ela propiciará, ainda, a retenção do conhecimento, pois ficará documentada toda a discussão efetuada para o desenvolvimento do produto.
Porém há um longo caminho a percorrer para o uso adequado dessa prática, pois existem pensamentos que ao compartilhar informações o profissional pode se tornar vulnerável. Nesse caso, talvez seja um equívoco pensar assim, pois cada pessoa tem um conhecimento que, no meu ponto de vista, não se compartilha, o que se compartilha são as informações que quando agregadas por diferentes pessoas se transforma em diferentes conhecimentos. Uma informação compartilhada por uma pessoa poderá ser assimilada de diferentes maneiras por diferentes pessoas e gerará um conhecimento próprio e único para cada uma delas. Não há como ser igual, uma vez que as experiências acumuladas pelas pessoas não são iguais, e são essas experiências que geram esse conhecimento.
Lembra quando está com um problema e você levanta de sua mesa e vai tomar um café, um chá e conversa com um colega compartilhando esse problema e ele lhe dá uma sugestão ou faz uma observação, que muitas vezes, pode indicar uma possível solução do seu problema... isso é interagir, colaborar, compartilhar e essa colaboração pode gerar mais conhecimento para você.

Ciberdemocracia e Inteligência Coletiva

Em palestra, de 2014, Pierre Lévy salientou que em 1994 havia 1% da população mundial conectada a internet, em 2014 35% e logo logo serão 50% ou mais de pessoas conectadas. Para ele, essa foi a mais rápida revolução em termos de comunicação e transformou a internet como o principal meio de comunicação.
O início de blogs, se deu por volta de 2003, o acesso a redes sociais em 2005 isso é muito pouco tempo, ou seja, a evolução está ocorrendo muito rapidamente. Com isso, pode-se ter uma visão que surgirão novas "coisas" em 12 ou 20 anos, e nem sabemos o que serão. Além disso, essa comunicação via internet é democrática, pois tendo acesso a mesma todos podem expor suas informações, opiniões, colaborar com outros interagindo e construindo novos conhecimentos. Isso dá um "empoderamento" às pessoas com relação a comunicação. Entretanto, há limitações, que muitas vezes não são econômicas ou técnicas, mas sim, cognitiva e nesse caso de linguagem, pois a maioria das informações estão em outra língua, em português há ainda pouca informação.
Outra palestra de Pierre Lévy foi sobre a Inteligência coletiva. Começou salientando que essa inteligência ocorre entre os animais, como abelhas, pássaros, pois conseguem se comunicar, como por exemplo para indicar os perigos que estão expostos. A diferença é que o ser humano reflete sobre a ação e os animais agem por reflexo. Para ele, o fenômeno da internet veio a oportunizar essa inteligência, facilitando a construção coletiva entre membros, como por exemplo, o que ocorre em comunidades virtuais. Nesse caso, as inteligências individuais são somadas gerando a coletiva. Para Lévy, "ela possibilita a partilha da memória, da percepção, da imaginação e isso resulta na aprendizagem coletiva, troca de conhecimentos". Isso, só ocorre devido ao ser humano ser capaz de construir diálogos, contar histórias e organizar o próprio pensamento. Lévy, nessa palestra, também situou o espaço virtual no desenvolvimento da comunicação humana. Para ele, há cinco estágios no desenvolvimento da comunicação humana, são eles: oralidade, escrita, alfabeto, imprensa e ciberespaço.

Aprendizagem Colaborativa

No Século em que estamos temos que resolver problemas que nunca existiram antes. Temos que usar a inteligência das pessoas para gerar os negócios do futuro. Não há separação entre gestão do conhecimento e trabalho. O próprio trabalho é o aprendizado. Acontece que 90% dos gestores ainda não mudaram seu comportamento nem perceberam que com as redes sociais não existem mais barreiras. Quem afirma isso é Jay Cross autor do livro “Informal Learning”. Para ele a forma como se aprende formalmente despreza a experiência da vivência e isso era válido para empresas do século XX, onde a valorização de bens tangíveis era 80%, enquanto que o capital intelectual tinha o valor de 20%. Nesse século é bem ao contrário, afinal, estamos na Era da Informação.
Ainda salienta que: A melhor técnica de aprendizado ainda é a conversa humana. E para isso, incentiva a criação de comunidades.

Cultura 2.0

Há muito que o ambiente de trabalho vem se alterando e isso muito se deve as tecnologias de informação e comunicação.
Elas geram muitos desafios que necessitam de uma mudança na cultura organizacional. Muitos autores salientam que apenas fornecer tecnologias 2.0 não altera a cultura da empresa, pois instituições ditas conservadoras estão se valendo das tecnologias 2.0 e não possuem uma cultura 2.0. Um exemplo disso é a Monarquia Britânica que mesmo estando nas redes sociais continuam com uma cultura conservadora. Ou seja, não há como darmos uma nova roupagem a algo "velho". Essa mudança é necessária para a sobrevivência das instituições, e isso não é uma tarefa fácil, é desafiador, porém muito importante para que as organizações não fiquem pelo caminho da evolução.

Comunidades e as organizações

As comunidades que se desenvolvem nas organizações, são comunidades que viabilizam a troca entre os membros e oportunizam as melhores práticas. Esses têm atuação direta na construção do conhecimento que é gerado de forma colaborativa e cooperativa. Com isso, os participantes das comunidades, além de produzir os conhecimentos, socializam e desenvolvem o senso de pertencimento ao grupo. Nas redes sociais abertas as pessoas se relacionam e trocam informações e, em muitas das vezes, acabam abrindo comunidades internas  fechadas com as pessoas com que mais tem afinidade ou interesses em comum, gerando uma “rede fechada” ao acesso dos demais “amigos” da rede social. No caso das redes corporativas ocorre a mesma situação. Os colaboradores passam a postar na rede corporativa e começam a verificar afinidades profissionais em projetos, processos, ações e identificam pontos em comum para agregar conhecimento e melhorar as práticas do dia a dia.
Segundo Binghan e Conner, no seu livro O Novo Social Learning (2011), as pessoas usam as comunidades para buscar recursos para o desenvolvimento da carreira e apoio pessoal. E, ainda as comunidades servem para conectar pessoas que jamais estariam em contato devido a tempo e espaço distantes, ou até mesmo, podem até trabalhar na mesma área, mas não se conhecerem.
A internet propiciou a troca de informações em uma alta velocidade, oportunizando uma comunicação ágil e com baixo custo. Com isso, é possível que as organizações utilizem essa vantagem e possibilitem a formação de grupos de pessoas onde ocorrem trocas de informações para a melhoria dos processos, produtos e serviços. Esse tipo de comunicação virtual oportuniza o aumento do número de pessoas, em diversas localizações, que se agregam a esses grupos, construindo uma rede de interação sobre um tema em comum. Sendo assim, surgem as comunidades virtuais de aprendizagem, onde são priorizadas a aprendizagem colaborativa e cooperativa. 

Relações entre os membros das comunidades

As relações estabelecidas entre os componentes de uma comunidade estão muito além de serem impessoais, mesmo que o relacionamento entre os mesmos seja virtual. Isso que afirma é Pierre Levy, para ele ocorre entre os envolvidos uma espécie de código de conduta, e é ele quem norteará as interações. Isso favorece uma autorregulação, não sendo necessário estabelecer o que pode e o que não pode. Se essa autorregulação não ocorrer então, não é uma comunidade.

Através das leituras, das trocas de mensagens e análise das mesmas é publicada uma opinião que pode ser contestada e essa publicação aparece imediatamente nesse ciberespaço.

Outra questão que ocorre nessas comunidades, é o surgimento de algumas “personas”, tais como: o “contestador”, o “implicante”, o “sem noção”, o apaziguador etc. Porém, um ponto importante a se destacar é a necessidade de se garantir a liberdade de opinião, que deve ser ampla e igualmente distribuída a todos os integrantes da comunidade, sendo que as regras que regulam as interações devem ser construídas coletivamente. Isso não é censura, muito pelo contrário, é o que possibilita o surgimento de novas formas de opinião pública.


Em uma comunidade virtual, assim como na presencial, são formadas afinidades, parcerias e alianças intelectuais. São construídas relações de amizade. Como sabemos a personalidade dos participantes? Sabemos através das postagens, das opiniões dadas ou pelo estilo de escrita. Também dessa forma, as "comunidades não estão livres de manipulações e enganações, assim como em qualquer outro espaço de interação social". (CASTELLS, 1999).

Formam-se nas comunidades:
 
  • distribuição do poder;
  • conhecimentos socialmente compartilhados;
  • membros autônomos e independentes;
  • interação, colaboração interesses; e
  • objetivos comuns.

Um dos objetivos da comunidade é o de armazenar informações e conhecimentos que estão a disposição de todos. Essa informação está em espaços mais propícios pra a colaboração e interação. As comunidades se formam quando um grupo de pessoas, com interesses em comum, se reúne e se comunicam através dos mais variados meios de comunicação. Com isso os profissionais da área ou de áreas diferentes trocam informações relevantes para o seu dia a dia.

Ciberespaço

Para Lévy (1999), ciberespaço é composto pela internet e tudo mais que possibilita o uso da mesma. Embora já tenha passado 15 anos da publicação do seu livro, os conceitos ditos por ele continuam muito atuais. Pois, para ele, a internet oportuniza tecnologias intelectuais capazes de dinamizar e possibilitar a ampliação e modificação das diversas funções cognitivas do ser humano favorecendo novas formas de acesso à informação e novos estilos de raciocínio e conhecimento. Lévy (1999, p. 157) afirma que como essas tecnologias intelectuais, sobretudo as memórias dinâmicas, são objetivadas em documentos digitais ou programas disponíveis na rede. Isso tudo, favorece o compartilhamento, a colaboração e interação entre as pessoas aumentando e potencializando a inteligência coletiva dos grupos. Com isso, podemos refletir sobre o uso e benefícios que essa tecnologia proporciona na busca de socialização e trabalho coletivo e colaborativo, sendo fundamental para a sobrevivência humana. E isso, nos remete a segunda postagem desse blog, a sobrevivência e convívio em sociedade.

As tecnologias da comunicação e informação tem sido de grande valia para unir e reunir pessoas distantes em tempo e espaço, mas que desejam trocar informações e gerar conhecimento.

Ainda com relação as afirmações de Pierre Lévy (1998, p. 181), temos:

O saber da comunidade pensante não é mais um saber comum, pois doravante é impossível que um só ser humano, ou mesmo um grupo, domine todos os conhecimentos, todas as competências; é um saber coletivo por essência, impossível de reunir em uma só carne. O mundo virtual é, essencialmente, o espaço da experiência em conjunto.
Quando as informações compartilhadas pelos membros da comunidade se organizam cognitivamente, passam a ser conhecimento. E, em sendo assim temos uma construção coletiva e colaborativa dos mesmos.
Nas relações presenciais, podem ocorrer divergências e conflitos e ainda, algum dos membros pode vir a quebrar alguma regra de convívio. Porém, para Castells (1999) isso pode ocorrer também, nas relações virtuais, assim como ele afirma em seu livro Sociedade em Rede (1999):

"...constroem-se afinidades, parcerias e alianças intelectuais, sentimentos de amizade e outros, que se desenvolvem nos grupos de interação, da mesma forma como acontece entre pessoas que se encontram fisicamente para conversar. A personalidade de cada participante acaba sendo expressa através do estilo de escrita, competências, tomadas de posição, evidenciadas nas relações humanas presentes nas interações. Também dessa forma, as comunidades não estão livres de manipulações e enganações, assim como em qualquer outro espaço de interação social".

Mas, mesmo assim as interações que se estabelecem levam à tomada de decisão oportunizando a aprendizagem.

Comunidades Virtuais de Prática

A evolução da internet e das ferramentas de colaboração favoreceram a reunião de pessoas com interesses comuns oportunizando a construção de conhecimentos coletivos.

Em ambientes virtuais que se oportunizam a colaboração, partindo de interesses em comum, o aprendizado colaborativo surge das livres contribuições e das participações voluntárias. A construção do conhecimento é coletiva, já que as informações são compartilhadas: os que sabem mais, sobre um determinado assunto, auxiliam os que sabem menos, contribuindo para diminuição das desigualdades. (MARTINS, R. X. ; BETTIO, R. W. ; FERRARI, F. B., 2012)
Como se formam essas Comunidades?
Se formam por:
  • afinidades de interesses;
  • conhecimentos;
  • projetos mútuos.
O saber da comunidade pensante não é mais um saber comum, pois doravante é impossível que um só ser humano, ou mesmo um grupo, domine todos os conhecimentos, todas as competências; é um saber coletivo por essência, impossível de reunir em uma só carne. O mundo virtual é, essencialmente, o espaço da experiência em conjunto.
Quando as informações compartilhadas pelos membros da comunidade se articulam cognitivamente, passam a ser conhecimento. E, portanto, há uma construção coletiva e colaborativa desses.
A ideia de comunidades de aprendizagem já estava presente nos trabalhos de Vygotsky, que identifica aprendizagem como a aquisição da capacidade de pensar sobre várias coisas
Piaget aborda com ênfase a importância da afetividade e interação social para uma aprendizagem eficaz. Isto é, o ser humano necessita de interações com os outros seres humanos e a cooperação e colaboração determinam um modo de vida que fortalece e conscientiza.

Relações das Comunidades e das Socienades

Desde sempre o ser humano compreendeu que viver em sociedade se tornou uma questão de sobrevivência e uma estratégia para preservar a vida.
Essas comunidades priorizavam a sobrevivência pela caça, pesca e segurança em relação a outras comunidades e aos animais selvagens.

O homem atual e conectado, também procura não só, as comunidades constituídas fisicamente, mas também as comunidades virtuais das quais quer fazer parte para sobreviver no mundo, onde a informação e a comunicação são pontos fortes para a convivência em sociedade.

 
Ferdinand Tönnies (sociólogo alemão, 1855 - 1936) distingue os termos comunidade e sociedade.
As relações de comunidade são típicas de grupo, relativamente pequenos, representando o passado, a aldeia, a família com motivação afetiva nascida do parentesco, das práticas herdadas dos antepassados e dos fortes sentimentos religiosos que unem o grupo.
Já, as relações de sociedade são típicas de grupos que vivem a vida urbana desenvolvida, são organizados em estados e possuem uma complexa divisão do trabalho.

Para Marcos Silva Palacios,  a comunidade tem como característica "o sentimento de pertencimento, a territorialidade, a permanência, a ligação entre o sentimento de comunidade, caráter corporativo e emergência de um projeto comum, e a existência de formas próprias de comunicação".
Com as  tecnologias da informação e comunicação - TICs, surgiram as comunidades que se encontram, dialogam e interagem em tempo e espaço diferente dos adotados pelas comunidades tradicionais, alterando, portanto, o comportamento de grupos de pessoas.
As comunidades de aprendizagem estão conectadas a computadores, o espaço marcado para o encontro é virtual e o horário é definido de acordo com as necessidades e regras estabelecidas pelo próprio grupo.

Mas, como diferenciar as comunidades de aprendizagem de tantas outras existentes na internet?

Essa questão será para o próximo post.